quarta-feira, 14 de setembro de 2011

- SANTA TECNOLOGIA, BATMAN!


Batman, o homem-morcego, foi criado por Bob Kane, em 1939. Conheceu Robin, o menino-prodígio, um ano depois e passaram a viver grandes aventuras juntos. Um dos primeiros casos de homosexualismo entre super-heróis, segundo os críticos da moral e dos “bons costumes”. Mas não é sobre escolhas sexuais de que trata esse artigo e sim sobre tecnologia. Pois bem, por conta do seu cinto de utilidades e outras parafernálias, bat-isso e bat-aquilo, Batman é um dos pioneiros entre os heróis a adotar a tecnologia como ferramenta de trabalho. Os atuais filmes do Cruzado de Capa são uma prova disso. O que existe na batcaverna em matéria de tecnologia faz inveja aos técnicos da NASA.
No final dos anos 80, não se pode precisar se com o apoio das organizações Wayne, Batman protagonizou uma das primeiras HQs geradas por computador: “Batman – Digital Justice”. O autor da façanha é Pepe Moreno. Nascido na Espanha, Moreno transferiu-se em 1977 para os EUA. Inicialmente desenhava para revistas de terror. Começou a fazer experimentos com imagens e colagens editando a revista NART (No Art) que trazia gráficos contraculturais usando diversas tecnologias, entre elas o Xerox. Publicou trabalhos na Heavy Metal e na Epic Illustrated. Passou a produzir Graphic Novels de ficcção. Projetou cenários futurísticos para desenhos animados e séries de televisão. Nos anos 80, tornou-se aficcionado por computadores pessoais, desenvolvendo um trabalho com programas de animação 3D. Quando a alta-resolução tornou-se disponível, decidiu combinar sua arte com o conhecimento em informática. Segundo Moreno “o entretenimento digital multimídia é a onda do futuro” (Batman Digital Justice, Editora Abril, 1990).
De acordo com o editor de HQs Mike Gold, a tecnologia digital é uma realidade na produção de quadrinhos. “Artistas tem usado suas máquinas na geração de efeitos especiais, designers fazem seus trabalhos on-line, letristas criam seus próprios alfabetos e até a DC Comics tem seu departamento de colorização por computador. Às vezes, participamos de projetos totalmente informatizados e podemos ver o quanto a tecnologia do setor avançou. Isso nos leva a Pepe Moreno”, explicou o editor da DC Comics.
O diferencial apresentado por Moreno em “Batman – Digital Justice” está em dar um aspecto cinematográfico ao trabalho propondo uma obra com clima de filme, o que amenizou a imagem fria da tecnologia eletrônica.
O editor Mike Gold explica que “o computador desempenha o mesmo papel que a revista em quadrinhos, pois ambos apelam para o nosso senso de deslumbramento”. Algo diferente marcou a indústria dos comics quando no final dos anos 80, computador e quadrinhos se uniram.

Nenhum comentário:

Postar um comentário